Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"Deus sabe, porque o escreveu.
Postado por Marcos Vinicius às 12:47 0 comentários
Postado por Marcos Vinicius às 15:16 0 comentários
"...estou cansado de ser, vilimpendiado, incompreendido e descartado, quem diz que me entende nunca quis saber, aquele menino foi internado numa clínica, dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças, dos sonhos que se configuram tristes e inértes, como uma ampulheta imóvel não se mexe, não se move, não trabalha. E Clarice está trancada no banheiro e faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete, sentada no canto, seus tornozelos sangram e a dor é menor do que parece, quando ela se corta, ela se esquece que é impossível ter na vida calma e força, viver em dor, como ninguém lhe entende, tentar ser forte à todo e cada amanhecer. Uma de suas amigas já se foi gerando mais uma ocorrência policial, ninguém me entende, não me olhe assim, com esse semblante de bom samaritano, cumprindo o seu dever, como se fosse o último, como se toda essa dor, fosse diferente, ou inexistente, nada existe pra mim, não tente, você não sabe, não entende. E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito, Clarice sabe que a loucura está presente e sente a essência estranha do que é a morte, ela conhece muito bem..."
Postado por Marcos Vinicius às 15:57 0 comentários
Marilyn Manson
Queimem as bruxas, queimem as bruxas, não perca tempo costurando seus pontos
Queimem as bruxas, queimem as bruxas
Boa é a coisa que te favorece, ruim é o sabor da sua alma
Você não pode tranquilizar todas as coisas que você odeia
Queimem as pontes, queimem as pontes, não perca tempo costurando seus pontos
Queimem as pontes, queimem as pontes
Boa é a coisa que te favorece, ruim é o sabor da sua alma
Eu não preciso de seu ódio, eu decido meu destino
Você não pode tranquilizar todas as coisas que você odeia
Postado por Marcos Vinicius às 15:52 0 comentários
Postado por Marcos Vinicius às 10:42 1 comentários
"O defeito fluido, a inexpressão e a fraqueza
Com o tempo, o esquecimento plantado origina coisas esquecidas."
É nesta estrofe que passa-se uma autoreflexão do que está acontecendo.
Postado por Marcos Vinicius às 16:48 0 comentários